terça-feira, 11 de outubro de 2011

Luis Piçarra

A sua condição de alentejano e o seu desvelo pelo Benfica, clube ao qual dedico grande afinidade, leva-me a contar aos meus amigos, que fazem o favor de me visitar, um pouco da história de vida, deste famoso tenor alentejano.
Luís Raul Janeiro Caeiro de Aguilar Barbosa Piçarra Valderazo y Ribadeneyra, era este o seu nome complecto, nasceu em Moura, no dia 23 de Junho de 1917, filho de um rico empresário. Cedo revelou alguma apetência pelos livros, razão pela qual o pai o enviou para Lausanne, na Suíça, onde realizou toda a classe primária. Após a conclusão desta parte dos estudos, regressou a Portugal. O ensino liceal, foi em Lisboa, seguindo-se a matrícula na faculdade de direito em Coimbra. No entanto, direito não era a vocação de Luís Piçarra. Volta a Lisboa, onde ingressa na Escola de Belas Artes, matriculando-se em arquitectura. O estudo de arquitectura, tem inicio em Lisboa e termina em Paris na École des Beaux Arts, mas não completou o curso. Os estudos de arquitectura, tiveram sempre pelo meio o estudo do canto e da musica, que eram a sua paixão. Ainda muito jovem, tem a sua primeira incursão na Academia dos Amadores de Musica, na ópera "Barbeio de Sevilha" foi uma verdadeira revelação, motivo pelo qual, um empresário o convida para integrar um espectáculo feérico (mágico) "A Lenda dos Cravos". Entretanto aparece o Italiano Tito Schippa, que o lança numa carreira internacional.
Aos 28 anos, viaja para o Brasil, é aí que conhece Agustin Lara, o autor de Granada, fez um enorme sucesso com "copacabana, princesinha do mar" em inúmeros shows, rapidamente ganhou fama e os brasileiros logo começaram a apelidá-lo de "um cara bom de verdade". Após o sucesso no Brasil, viajou para Buenos Aires, Argentina, onde reencontrou Tito Schippa a preparar-se para cantar Manon. Piçarra mal podia adivinhar que iria, muito em breve, substituir Schippa, que adoecera subitamente. O êxito foi determinante para que o empresário o levasse até ao Egipto, Grécia, Turquia, Síria, etc. No Cairo é contratado para cantar para o rei FARUK. Nessa altura, Raul Ferrão envia-lhe uma cantiga a que chamou Coimbra e que Luís Piçarra transforma em Avril au Portugal, uma gravação que vendeu cerca de dois milhões de discos.
Apesar de viajar pelo mundo inteiro, não esqueça Portugal nem o seu Benfica, era o sócio numero 635. Em jogos no estádio da Luz, era sempre ouvido o Hino do clube, na voz do benfiquista.
Luis Piçarra ganhou muito dinheiro, mas como o ganhou também o gastou. Já em África, viaja da África do Sul para Luanda, onde vai encontrar os militares portugueses em campanha. É convidado a cantar para os militares e viaja com eles em direcção ao norte. Nessa deslocação, sofrem uma emboscada e o cantor, para se salvar, passa várias horas dentro de um pântano, quando consegue sair percebe que está rouco. Ainda em Luanda, dirige o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, que abandona em 1975, regressando definitivamente a Portugal. Com a mulher e três filhos, sem dinheiro e sem voz, prepara-se para sofrer alguns anos de sacrifícios. Dedica-se a pequenos trabalhos e pede a reforma, 18 contos era a sua pensão. Mais tarde a Secretaria de Estado da Cultura, na pessoa de Pedro Santana Lopes, atribuiu-lhe uma pensão de 120 contos. Muito doente, recolhe com a mulher, á casa do artista, onde morre três meses depois, a 22 de Setembro de 1999. Tinha 82 anos e, segundo um escrito deixado por si, continuava a acreditar na humanidade. Sábias palavras, digo eu. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Freddie Mercury (Recordação)

Se fosse vivo, completaria hoje (5-9-2011) 65 anos.
Nome de baptismo Farrokh Bulsara, nome artístico, Freddie Mercury, mítico vocalista do grupo e rock mundialmente conhecido "Os Queen". Freddie nasceu na localidade Cidade da Pedra, na Ilha de Zanzibar, então colónia Inglesa. Hoje a Ilha de Zanzibar faz parte do território da Tanzânia.
Era filho de pais indianos e foi educado numa escola inglesa nos arredores de Bombaim. Durante os estudos, começou a ter aulas de piano, fazendo assim a sua primeira incursão pelo mundo da música e foi nesta escola que começou a ser chamado de Freddie, nome que, com o decorrer dos tempos, foi também adoptado pelos seus pais. Com o inicio da revolução em Zanzibar, Freddie e a família mudaram-se para Inglaterra, decorria o ano de 1964, Freddie tinha então 18 anos.
Freddie Mercury era diplomado em design gráfico e artístico, sendo que hoje, estão disponíveis na internet, alguns trabalhos com a sua assinatura.
Em 1991, Freddie ficou muito doente, logo surgiram rumores de que seria portador do vírus da SIDA, rumores esses, que viriam a ser confirmados pelo próprio, no dia 23-11-1991, precisamente um dia antes da sua morte (24-11-1991).
O seu corpo foi cremado e a respectivas cinzas, espalhadas pelas margens do Lago Genebra, na Suíça. Em 25 de Novembro de 1992, foi inaugurada em Montreux, uma estátua em sua memória.
De entre os vários álbuns gravados, se destaca Barcelona, gravado em dueto com a famosa cantora lírica Monserrat Caballé                  
Estátua de Freddie Mercury
em Montreux




domingo, 5 de junho de 2011

Festas Juninas


Fogueira (Finlândia)
As Festas Juninas também denominadas de Festas dos Santos populares, são celebradas em vários países da Europa e estão historicamente ligadas à festa pagã.
A celebração destas festas é particularmente importante, no norte da Europa, mas também em outros países europeus, nomeadamente, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, etc.
É tradição no período destas festas, fazer as tradicionais fogueiras e levantar os mastros, chamados de mastros dos Santos Populares, onde são realizados os bailes dos Santos Populares.
As festas Juninas foram exportadas de Portugal para o Brasil, onde os festejos são acolhidos com enorme importância no nordeste brasileiro e nas regiões de São Paulo,
Paraná, Minas Gerais e Goiás. Em Portugal, são genericamente conhecidas por festas
 dos Santos Populares e correspondes a diferentes feriados Municipais, a saber:
São Gonçalo, em Amarante. Santo António, em Aljustrel, Amares, Cascais, Estarreja,
Ferreira do Zêzere, Lisboa, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz,  Vale de Cambra, Barquinha, Famalicão, Vila Real, Vila Verde, Aguiar da Beira, Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arroches, Braga,
Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lages das Flores, Lourinhã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz de Graciosa, Sertã, Tabuaço, Tavira, Terras de Bouro, Torres Vedras, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Gaia, Vila do Porto e Vizela. São Pedro, Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Celorico da Beira, Évora, Felgueiras, Lages do Pico, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra.
De salientar que no Porto e em Braga, estas festas são vividas com uma intensidade sem paralelo, apenas se assemelham aos festejos do Nordeste Brasileiro, onde as pessoas passam dias e noites nas ruas das cidades, transformando-as em autênticos arraiais urbanos   

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cidade Romana de Conimbriga

Pavimento com desenho em mosaico
Vista Parcial

Casa dos Repuxos










Mosaico representando peixes

Conimbriga é uma das raras cidades Romanas que conserva a cintura da muralhas de planta triangular.
Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos seus mosaicos da sua pavimentação. Em trabalhos junto à muralha sul, foi descoberto um grande edifício, cuja finalidade seriam as termas públicas.
Esta importante cidade Romana, localizava-se na via que ligava Lisboa, antiga OLISIPO  e Braga, antiga BRACARA AUGUSTA. Conimbriga foi ocupada pelos Romanos no ano 139 a.C.
No reinado de César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as Termas Públicas e o Fórum. Em finais do século VI e com o declínio do Império Romano, foi construída uma cintura muralhada de defesa urbana com cerca de mil e quinhentos metros e extensão, possivelmente para substituir  reforçar a antiga muralha do tempo de César Augusto. A forma um tanto rústica como este muro foi construído, denota uma certa urgência na sua construção, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques por parte dos povos Barbaros.
Vista Parcial
Rua Pavimentada

Vista Geral


segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Baixo Alentejo

O Baixo Alentejo é uma província do sul de Portugal. Limita a norte com o Distrito de Évora, a leste com Espanha,   a sul, com o Distrito de Faro e a oeste com o Distrito de Setúbal e o Oceano Atlântico. A capital do Distrito é Beja, que é o maior distrito de Portugal, com um área de 10.225 km2 e uma população residente de 154.325 habitantes
(censos de 2006).
O Distrito está sub-dividido em 14 municípios, a saber:
Aljustrel 455,66 km2, 9.460 Habitantes, com 5 freguesias.
Almodôvar, 775,88 km2, 7.160 habitantes, com 8 freguesias




Alvito 264,81km2, 2.720 habitantes, com 2 freguesias





Barrancos 168,43km2, 1.697 habitantes, com 1 freguesia
Beja 1.147,14km2, 34.387 habitantes com 18 freguesias
Castro Verde 567,31 km2, 7.782 habitantes com 5 freguesias
Cuba 171,32km2, 4.674 habitantes com 4 freguesias
Ferreira do Alentejo 648,45km2, 8.132 habitantes com 6 freguesias
Mértola 1.279,40km2, 7.332 habitantes com 9 freguesias
Moura 957,73km2, 16.120 habitantes com 8 freguesias
Odemira 1.719,73km2, 25.365 habitantes com17 freguesias
Ourique 660,15km2, 5.426 habitantes com 6 freguesias
Serpa 1.103,74km2 15.45 habitantes com 7 freguesias
Vidigueira 314,20km2, 5.886 habitantes com 4  freguesias

O Distrito de Beja, corresponde a metade da planície alentejana. Os principais acidentes geográficos do Distrito são: o vale do Guadiana que atravessa de norte para sul, a sua parte oriental, a serra da Adiça, a serra do Cercal, no limite do Distrito de Setúbal, perto de Vila Nova de Milfontes e que tem uma altitude de  341 metros e  a serra  do Mendro, no limite do Distrito de Évora e que tem 412 metro de altitude.
Na rede hidrográfica, para além do Guadiana e seus afluentes, normalmente pouco caudalosos, há outras duas bacias hidrográficas com alguma relevância; A do Sado, que nasce nas imediações de Ourique e se dirige para o Distrito de Setúbal e a do Rio Mira, que nasce na serra do Caldeirão  e vai desaguar no atlântico junto a Vila Nova de Milfontes. Ficam ainda no Distrito de Beja, algumas barragens, nomeadamente a  barragem do Alqueva, a maior do país, a barragem do Chança, no rio Chança e que é partilhada com Espanha, a barragem de Santa Clara, no Rio Mira, a Barragem do Monte da Rocha, no rio Sado, a barragem do Roxo, na ribeira do Roxo e a barragem de Odivelas, na ribeira de Odivelas.
A costa marítima é rochosa e muito acidentada, sendo as embocaduras do Mira e do Cabo Sardão, as mais acidentadas

domingo, 3 de abril de 2011

Catarina Ofémia (A Ceifeira Heroína)


. mais Catarina Efigénia Sabino Ofémia, nasceu a 13 de Fevereiro de 1928, na aldeia de Baleizão, uma freguesia do Distrito e Concelho de Beja, era filha de José Diogo Baleizão e de Maria Ofémia. Casou em 1946 (18 anos), com António Joaquim do Carmo, mais conhecido por Carmona, que era cantoneiro da antiga Junta Autónoma de Estradas. No dia 19 de Maio de 1954, quando conjuntamente com mais 13 ceifeiras, reivindicava melhores condições salariais e de trabalho, foi violentamente assassinada pelo tenente Carrajola, oficial dos quadros da G.N.R. Esta é a realidade acontecida naquele dia fatídico. Tudo quanto for dito e escrito   para além disto, podemos considerar que se trata de um mito, já que há muitas contradições relativamente ao seu estado de graça e  á sua filiação partidária. Tudo o que tenho lido á cerca desta tragédia, são muitas as vozes que desmentem, ou colocam algumas dúvidas, relativamente a isto. O médico que executou a autópsia, afirma taxativamente de que Catarina não estava grávida, podemos no entanto admitir que esta afirmação possa ter sido proferida, intencionalmente, com o intuito de proteger o regime de Salazar.
Relativamente á sua filiação partidária, também li vários artigos onde essa versão é totalmente desmentida.
Podemos considerar que talvez aqui tenha havido um aproveitamento político por parte do PCP, como em algumas outras situações conhecidas. Há vários artigos de autores diferentes, em que é desmistificada essa ligação ao Partido Comunista.
O que ficará indelevelmente para a história, é que no dia 19 de Maio de 1954, uma mulher, no auge da sua juventude, foi violentamente assassinada, por um oficial da GNR e que nem a julgamento foi. LAMENTÁVEL
   


terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher


O dia Internacional da Mulher, hoje celebrado a 8 de Março, teve origem nas manifestações das Mulheres Russas, por PÃO E PAZ, por melhores condições de vida e de trabalho e contra a entrada da Rússia na segunda guerra mundial. Estas manifestações, marcaram o início da revolução russa de 1917. Entretanto nos primeiros anos do século XX, já havia surgido nos EUA e na Europa, a ideia de celebrar o Dia Internacional da Mulher. Está ainda associado a este dia, uma lenda que surgiu na sequência de uma greve realizada a 8 de Março de 1857, pelas trabalhadoras de uma fábrica de fiação nos EUA. Diz a lenda que esta greve culminou com a ocupação da fábrica pelas trabalhadoras. Esta greve/ocupação, foi violentamente reprimida, sendo as operárias encerradas nas instalações, onde posteriormente deflagrou um incêndio, que vitimou mortalmente cerca de 130 trabalhadoras.
Relativamente a este incidente, há relatos contraditórios. Em 1982, duas investigadoras, Liliane Kandel e Françoise Picq, declaram que a greve de 8 de Março de 1857, pura e simplesmente não aconteceu, porque nada foi escrito ou relatado nos jornais americanos da época.
Há ainda estudos que indicam que a manifestação das mulheres russas, não aconteceu a 8 de Março, mas sim a 23 de Fevereiro de 1917, que no calendário Gregoriano (o nosso) corresponde a 8 de Março
PARABÉNS A TODAS  AS MULHERES DO MUNDO 

sexta-feira, 4 de março de 2011

A Tragédia de Entre-os-Rios

Decorria o dia 4 de Março de 2001, quando ao cair da noite, desabava a ponte Hintze Ribeiro (Entre-os-Rios). É uma tragédia intemporal, que jamais se apagará da memória dos portugueses.
A queda da ponte, arrastou para as águas do Rio Douro, um autocarro com 53 ocupantes, mais três auto ligeiros com dois ocupantes cada, totalizando 59 vitimas.
Não houve qualquer sobrevivente e a grande maioria dos corpos nunca foi recuperado. Como é apanágio das autoridades portuguesas, não foram encontrados responsáveis. Apesar da divulgação de um vídeo, dando conta do péssimo estado de um dos pilares, não foram tomadas medidas com vista à recuperação desse mesmo pilar.
Rolaram algumas cabeças, nomeadamente, a do Engº Jorge Coelho, então Ministro da Administração Interna. Foi tudo o que aconteceu, relativamente a este trágico episódio, não obstante, ser por demais evidente que aquele pilar necessitava urgentemente de uma intervenção, para obviar a que esta tragédia acontecesse.
SOMOS DE FACTO UM PAÍS COM TENDÊNCIAS TERCEIRO-MUNDISTAS. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Festa dos Tabuleiros em Tomar

As festas dos tabuleiros, que fizeram a fama de Tomar, remontam às festas do Imperador, instituídas por D. Dinis e pela Rainha Santa Isabel, no quadro do culto do Espírito Santo. Têm também  a ver com práticas ancestrais de entrega de primícias das colheitas à Deusa Ceres e de celebração da fertilidade da terra.
Repare-se, que Tomar era sede Templária e a Ordem do Templo, sempre foi acusada pela inquisição, de desvios de Doutrina, até ser extinta pelo Papa Clement V, em 1307.
Os símbolos do Espírito Santo, estão bem presentes no alto do tabuleiro que as raparigas transportam no cortejo. No topo, a pomba e a coroa e, de alto a baixo, os pães (aos quais se atribuíam virtudes milagrosas) enfiados em canas. A decoração é feita com flores de papel (tradicionalmente papoilas) e ainda algumas espigas.
Os tabuleiros são transportados à cabeça por raparigas que marcham em duas filas. Elas vestem vestidos brancos com faixas vermelhas e, segundo a tradição, os tabuleiros, deverão ter a altura de quem os transporta e pesam, aproximadamente, quinze quilos.
Este importante evento, que é único no seu género. Só se realiza de quatro em quatro anos devido aos elevados encargos para a autarquia. Este ano realiza-se de quatro a onze de Julho.
Visitem Tomar neste período festivo

terça-feira, 1 de março de 2011

Provérbios Populares

A conselho de amigo, não feches o postigo
A falta de amigo, há-de conhecer mas não aborrecer
Amigo diligente, é melhor que parente
Amigo disfarçado, inimigo dobrado
Amigo que não presta e faca que não corta: que se percam, pouco importa
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro
Amigo, vinho e azeite, o mais antigo
Amigos, amigos, negócios à parte
Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam
Aquele que me tira do perigo, é meu amigo
As boas contas fazem os bons amigos
Bocado comido, não faz amigo
Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo
Em tempos de figos não há amigos
Muitos conhecidos, poucos amigos
Não há melhor amigo, que Julho com seu trigo
No aperto do perigo, conhece-se o amigo
O vinho e o amigo, do mais antigo
Os amigos são para as ocasiões
Quem não tem marido, não tem amigo
Quem seu amigo quiser conservar, com ele não há-de negociar
Quem te avisa teu amigo é
Quem tem amigo não morre na cadeia
Um rico avarento não tem amigo nem parente

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Castelo de Almourol

Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do Rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
As origens da ocupação deste local, são bastante antigas e enigmáticas, mas o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se de Almorolan.
O castelo de Almourol foi levantado num afloramento de granito, que constitui esta pequena mas enigmática ilha, com 310 metros de comprimento, 75 de largura e 18 de altura. Com o terramoto de 1755 a sua estrutura ficou bastante danificada, vindo a sofrer alterações durante o Romantismo do século XIX. Nesta fase e obedecendo á filosofia então corrente de valorização das obras do passado, o Castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa. Este importante monumento, foi entregue ao Exército Português e é o prédio militar número  seis (6). Foi classificado como Monumento Nacional, por Decreto Lei de 16 de Junho de 1910.
Durante o Estado Novo, foi residência Oficial de República.






Dia de São Valentim



Cartão comemorativodo dia de São
Valentim publicado em 1883 nos EUA

O dia de São Valentim, tem a sua origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século III, na cidade de Terni, a 75 kms de Roma. O Império Romano, era governado, na altura por Claudius II (anos de 268-270), que estava envolvido em diversas campanhas militares, consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades em recrutar novos soldados para as Legiões Romanas. Por considerar que as razões dessas dificuldades, residia no facto de os homens não quererem abandonar as suas esposas, namoradas ou amantes, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma.
Valentim, Bispo de Terni, contrariando essa determinação, continuou a celebrar casamentos. Quando o Imperador tomou conhecimento das celebrações dessas cerimónias, ordenou a decapitação do Bispo Valentim, Facto que ocorreu a 14 de Fevereiro de 270. Em 498, o Papa Gelasius, santificou-o, passando o dia da sua morte a estar conotado com os namorados.
Durante a idade média, Valentim, foi um dos Santos mais populares em França e Inglaterra. Alguns países instituíram este dia como feriado, nomeadamente, Inglaterra desde o século XII e os EUA desde 1700.
A devoção a São Valentim em Portugal, é muito limitada, não se conhece nenhuma freguesia ou paróquia que tenha adoptado São Valentim como padroeiro.

São Valentim

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Moinhos e Lagares D'EL-REI

Moinhos e Lagares D'El-Rei
O primeiro foral dado à Vila de Tomar ( hoje cidade), já refere a existência dos Moinhos e Lagares.
Mais tarde, no século XV, o Infante D. Henrique regularizou o curso do rio Nabão, drenando e saneando as suas margens e alargando a levada dos Moinhos e Lagares. Estes Lagares, foram posteriormente ampliados por D. Manuel I, vindo-lhe daí o nome de Lagares D'El-Rei, nome pelo qual, ainda hoje são conhecidos. Posteriormente e até há poucos anos atrás, os Lagares D`Rei foram usados como oficinas de serralharia, fundição e moagem.
Hoje é bem visível alguma   degradação deste património 

Aqueduto de Pégões


AQUEDUTO DE PEGÕES

Este aqueduto foi construído para abastecer de água o Convento de Cristo. Tem 6 km de comprimento e tem o seu início no lugar de Pegões, freguesia de Carregueiros, sendo formado por 180 arcos. Reúne água de quatro nascentes e resolveu o problema de abastecimento de água ao Convento, que até então, era feito por cisternas.
Esta obra foi iniciada em 1593, no reinado de D. Filipe I, sob a direcção de Filipe Terzi e foi concluída em 1614, por Pedro Fernandes de Torres. Em 1617, foi prolongado até ao Convento e em 1619 chegou ao Claustro de D. João III. 

ERMIDA DE N.S. DA CONCEIÇÃO


ERMIDA DE N.S. DA CONCEIÇÃO

Templo erguido por iniciativa de Frei António de Lisboa, no século XVI (cerca de 1530). Está situado no topo do monte, onde se elevam, o Convento de Cristo e o Castelo dos Templários

Monumentos de Tomar








IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA


Situada na Praça de Republica, frente à Câmara Municipal de Tomar, antigo Palácio, onde viveu D. Manuel I, antes de se tornar Rei de Portugal.
A talha do altar mor, é dos fins dos fins do século XVII. No pavimento, podem observar-se diversas lápides sepulcrais, uma das quais se supõe ser de Diogo Lopes, famoso físico de D. Manuel I




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MONUMENTOS HISTÓRICOS DE TOMAR


Capela de São Louenço

Esta capela, de estilo manuelino, está situada à entrada da cidade de Tomar, entrando pela EN-110.
Este Monumento Nacional, foi edificado por Aires do Quental no século XVI e desde a sua edificação, foi dedicado a São Lourenço. No exterior da capela, encontra-se um padrão, um painel de azulejos e a fonte de São Lourenço, que simbolizam e assinalam a junção dos exércitos de D. Nuno Álvares Pereira e do Mestre de Avis, antes da partida para a batalha de Aljubarrota em 1385. O padrão foi edificado no reinado de D. João III e possui elementos arquitectónicos e decorativos do Renascimento. 



CONVENTO DE SANTA IRIA
  CONVENTO DE SANTA IRIA

A igreja de Santa Iria, é um Templo de origem Medieval que sofreu importantes reformas nos séculos XVI e XVII. O pórtico está datado de 1688.
Destacam-se no seu interior, os elementos cerâmicos, azulejos mudéjares do século XVII e as pinturas em "trompl'oeil.

A LENDA DE SANTA IRIA
Numa quinta dos arredores da cidade Nabaica (Tomar), viviam Hermegido e Eugénia, ele descendente de uma família nobre, ela representante de uma opulenta «gens» Romana. Tiveram uma filha de nome Iria ou Irene , tão rica em dotes físicos como morais, cuja educação fora confiada a suas tias paternas Casta e Júlia, monjas do Convento Beneditino de Santa Clara.
Quando a Jovem atingiu a adolescência, Célio, o Abade Beneditino, seu tio materno, confiou a sua educação ao monge Remidio, que considerava digno de tão delicada missão.
Iria, cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si, as virtudes da noviça, entre os quais se destacava o jovem Britaldo que, rendido a tanta beleza, se apaixonou loucamente. Esta, que tencionava dedicar a vida ao serviço de Deus, sempre repeliu as suas propostas amorosas. Britaldo, louco de amor, adoeceu. Iria, movida pela caridade cristã, consolou-o e convenceu-o da impossibilidade do seu casamento, pois fizera voto de castidade. Dos amores de Britaldo, teve conhecimento o monge Remidio a quem a beleza da donzela não lhe era indiferente. Louco de ciúmes, o monge fez com que Iria tomasse uma tisana (medicamento aquoso), provocando-lhe sinais de gravidez.
Britaldo, julgando-se ludibriado, encarregou um seu subordinado de matar Iria.
Assim, a 20 de Outubro de 653, quando Iria rezava devotamente as suas orações numa capelinha junto ao rio (Banaão) hoje nabão, o vil sicário (assassino), enterrou-lhe no peito um punhal, lançando o seu corpo às águas. O corpo de Iria, segundo reza a lenda, foi indo rio abaixo, sendo repelida na Barquinha e na Chamusca, indo parar, finalmente a Escalábis (Santarém), onde milagrosamente a envolveu um sepulcro de mármore.
A partir daí, Escalábis tomou o nome de Santa Virgem e mártir Sant'Irene, hoje Santarém.
O convento está situado na margem esquerda do rio Nabão, local onde, segundo a tradição, foi martirizada Santa Iria, ao ser lançada ao rio.
Na foto é visível a degradação em que se encontra o Histórico convento. É PENA






terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A CIDADE DE SERPA


VISTA GERAL DE SERPA

Serpa é uma cidade que está inserida no distrito de Beja, região do Baixo Alentejo.
Tem uma população da ordem dos 5.201 habitantes e é sede de um dos maiores Municipios de Portugal, com uma área de 1.103,74 km2 e uma população de 15.455 habitantes (censo de 2009).
O Municipio está sub-dividido em sete freguesias e é limitado a norte, pelo Municipio da Vidigueira, a nordeste, pelo de Moura, a leste, pela Espanha, a sul pelo de Mértola e a oeste pelo de Beja

FREGUESIAS
Brinches
Pias
São Salvador (na cidade)
Santa Maria (na cidade)
Vale de Vargo
Vila Nova de São Bento
Vila verde de Ficalho

HISTÓRIA
Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo, foram os Romanos que fomentaram o desenvolvimento do Concelho, em especial, na área da agricultura.
Em 1166, foi conquistada aos Mouros, por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida várias vezes nas constantes lutas da reconquista.
Foi constituída Concelho, em definitivo, por D. Dinis, que também mandou construir o castelo e proteger a Vila por uma cintura de muralhas, em 1295.
Em 1512, D.Manuel II, deu-lhe novo foral. A sua localização próxima da fronteira com Espanha, criou-lhe graves problemas ao seu desenvolvimento. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase destruída, inclusive, a sua fortaleza.

ECONOMIA
Apesar de Serpa ser um centro de administrativo, predominam no Concelho, actividades ligadas ao sector primário e secundário, com a industria ligada à olaria e à cerâmica, em destaque e só depois as do sector terciário, com algum pequeno comercio e alguns serviços ligados ao turismo.
Cerca de 59% do Concelho, destina-se ao cultivo de cereais, prados temporários, cultura de forragens, do pousio, do olival e de pastagens permanentes. Têm grande relevância para o Concelho, a criação de ovinos, suínos e aves, bem assim como a produção do famoso queijo de Serpa, um dos melhores de Portugal e muito apreciado por todos os portugueses e não só e a produção de enchidos, maioritariamente, de fabrico caseiro, cuja inconfundível matéria prima, é essencialmente, do tão apreciado porco preto.
A 27 de Abril de 2006, é anunciado pela GE ENERGY FINANCIAL SERVICES, pela POWER LIGHT CORPORATION e pela CATAVENTO Lda, que irão construir no Concelho de Serpa, o maior projecto de energia solar fotovoltaica do mundo. Esta unidade de produção de energia de 11 megawats, é composta por 52 mil módulos fotovoltaicos e foi instalada numa das áreas de maior exposição solar da Europa.
A produção deste investimento na área da energia fotovoltaica, é 40% superior à segunda maior do mundo, instalada na Alemanha, devendo produzir energia para oito mil casas e prevenir a emissão de trinta mil toneladas de gases de efeito estufa, por ano para a atmosfera.





NORA ROMANA

  
   










segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MUSEU DO FÓSFORO, EM TOMAR


ATRIO (ENTRADA)

O museu do fósforo em Tomar, representa a maior colecção Filuminista de Europa. Esta colecção, teve inicio em 1953 pela mão do Cidadão Tomarense Aquiles de Mota Lima, que se destacou em diversas actividades culturais de reconhecido mérito. O inicio da colecçãso aconteceu quando Aquiles de Mota Lima se deslocou a Londre de Navio, para assistir à coroação da Rainha Isabel II e travou conhecimento com uma cidadã americana, coleccionadora de caixas de fósforos. Desde então, multiplicaram-se as caixas e outros objectos da área dos fósforos, que actualmente, só caixas de fósforos rodam as 43.000, representando cerca de 122 países.
A colecção foi doada em 1980, pelo coloccionador, à Câmara Municipal de Tomar. 
Hoje, entre caixas, carteiras e etiquetas, a colecção conta com mais de 80.000 objectos.
Visitas: Grátis
Horário: De Abril a Setembro e de Terça a Domingo, das 10,00 às 19,00 horas.
De Outubro a Março e de Terça a Domingo, das 10,00 às 17,00 horas
Encerrado dias 1 de Janeiro e 25 de Dezembro.
Visitas em grupo ou individuais, com marcação prévia.
Contactos: Serviço de Museologia, Praça de República, 2300-550 Tomar
Localização: Convento de S. Francisco.
Pontos de referência: Estação Rodoferroviária...Dista 50 metros.
NÃO DEIXE DE VISITAR ESTE IMPORTANTE MUSEU



CX.FÓSFOROS FRANCESA










            SALA DO MUSEU





CX, FÓSFOROS BELGA



CX. FÓSFOROS PORTUGUESA

CX. FÓSFOROS PORTUGUESA