segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MUSEU DO FÓSFORO, EM TOMAR


ATRIO (ENTRADA)

O museu do fósforo em Tomar, representa a maior colecção Filuminista de Europa. Esta colecção, teve inicio em 1953 pela mão do Cidadão Tomarense Aquiles de Mota Lima, que se destacou em diversas actividades culturais de reconhecido mérito. O inicio da colecçãso aconteceu quando Aquiles de Mota Lima se deslocou a Londre de Navio, para assistir à coroação da Rainha Isabel II e travou conhecimento com uma cidadã americana, coleccionadora de caixas de fósforos. Desde então, multiplicaram-se as caixas e outros objectos da área dos fósforos, que actualmente, só caixas de fósforos rodam as 43.000, representando cerca de 122 países.
A colecção foi doada em 1980, pelo coloccionador, à Câmara Municipal de Tomar. 
Hoje, entre caixas, carteiras e etiquetas, a colecção conta com mais de 80.000 objectos.
Visitas: Grátis
Horário: De Abril a Setembro e de Terça a Domingo, das 10,00 às 19,00 horas.
De Outubro a Março e de Terça a Domingo, das 10,00 às 17,00 horas
Encerrado dias 1 de Janeiro e 25 de Dezembro.
Visitas em grupo ou individuais, com marcação prévia.
Contactos: Serviço de Museologia, Praça de República, 2300-550 Tomar
Localização: Convento de S. Francisco.
Pontos de referência: Estação Rodoferroviária...Dista 50 metros.
NÃO DEIXE DE VISITAR ESTE IMPORTANTE MUSEU



CX.FÓSFOROS FRANCESA










            SALA DO MUSEU





CX, FÓSFOROS BELGA



CX. FÓSFOROS PORTUGUESA

CX. FÓSFOROS PORTUGUESA

                    

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O meu Concelho de origem


A todas as pessoas que fazem o favor de me visitar, aqui deixo, muito resumidamente, algumas dicas sobre a Vila de Mértola
VISTA GERAL DO RIO
Mértola, é uma vila do Distrito de Beja, região do Baixo Alentejo. Tem cerca de 3.100 habitantes e encontra-se situada numa elevação na margem direita do Rio Guadiana, imediatamente a montante da ribeira de Oeiras. É a sede de um dos maiores concelhos do país, com cerca de 1.279,40 km2 de área e 7.332 habitantes (censo de 2009). Está subdividido em nove freguesias, a saber: Alcaria Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo, Mértola, Santana de Cambas, São João dos Caldeireiros, São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Solis e São Sebastião dos Carros.

VISTA GERAL DA VILA
Evolução da População no periodo de 1801 a 2004.
1801=9.617 habit, 1849=10.757 habit, 1900=18.910 habit, 1930=26.310 habit, 1960=26.026 habit,
1981=11.693 habit,1991=9.805 habit, 2001=8.712 habit, 2004=7.996 habit.


A VILA E O RIO
Na antiguidade era chamada pelos Romanos de MYRTILIS, depois da ocupação Romana, segui-se a ocupação visigótica e finalmente a Muçulmana nesta época era chamada de MARTULAH.
Importante porto de rio, dominava o Guadiana, alcantilhada do seu castelo, só seria conquistada aos mouros, no reinado de D. Sancho II, pelo Comendador da Ordem de Santiago, Paio Peres Correia, em 1238. 

ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS


REGISTO DAS CHEIAS

NÃO DEIXEM DE VISITAR ESTA IMPORTANTE VILA ROMANA




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Minha breve passagem por Moçambique

                                              Forno típico para cozer tijolos
Praia da Chuanga (Lago Niassa)
    Praia da Chuanga (Barco típico) Lago Niassa)
                             Grande serra nas margens do Lago Niassa

Niassa é uma província de Moçambique, a maior do país em área, mas é a que tem menos população.
Está situada no extremo nordeste de Moçambique, é muito montanhosa e foi muito afectada pela luta armada de libertação nacional.
Esta província tem muitas riquezas naturais, uma das quais, a costa do Lago Niassa, que dá o nome á província. Esta região nunca se desenvolveu convenientemente, devido á guerra colonial e mais tarde devido a luta armada de libertação nacional. Este Lago tem excelentes praias e um clima propício ao desenvolvimento turístico, que neste momento já está a ser potenciado.
        Algumas características desta província
Superfície: 122.176 km2
População: 756.287 (censo de 1997)
Resultados preliminares do censo de 2007 1.096.406
Capital: Lichinga (ex Vila Cabral)
População: 85.758 (censo de 1997)
Distância de Maputo: 2.800km
Limites: A norte, Tanzânia, a sul, Nampula e Zambézia, a este, Cabo Delgado e Lago Niassa e a oeste Malawi.
Principais produtos: Algodão, milho, sorgo, madeiras e pedras semi-preciosas.
Densidade populacional: 6,2 habitantes/km2 (censo se 1997)
Principais etnias: Macua, Ajaua e Nianja.
Distritos: Cuamba, Lago, Lichinga, Majune, Mandinga, Marrupa, Maúa, Mavago, Macanhelas, Mecula, Metarica, Muembe, N'gauma, Nipepe e Sanga
Municípios: Cuamba, Lichinga, Marrupa e Metangula
Resta-me acrescentar que vivi nesta província durante quatro anos e desde logo interiorizei uma paixão desconhecida, mas real, não só pela província do Niassa mas particularmente pelo país, MOÇAMBIQUE
Voltei a Moçambique no ano de 2000, nomeadamente ao Niassa, onde passei cerca de três semanas de férias em casa de familiares que ainda lá tenho. A magia de África mantém-se, mas o desencanto e o desapontamento foram totais. A degradação do património habitacional, das estradas, das ruas, etc. é assustador, já para não falar na qualidade de vida das populações, que simplesmente não existe.
 TENHO PENA,  MUITA PENA
António Palma

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quadras populares (inédito)

Ao autor destes inéditos, deixo o meu apreço pelo estilo. De facto com estes versos o autor deixou um recado para dentro do seu local de trabalho e com este estilo algo brincalhão, resolveu um problema latente e que está bem expresso no conteudo dos versos
Parabens FANAN

Colega, que grande fita
Quando aqui vem mijar
Mija o tampo da sanita
Por não o querer levantar

Lições de boas maneiras
P'ra não fazer asneiras
Muita gente necessita
Não acerta no buraco
  Óh!...diabo, isso está fraco
Colega que grande fita

Se não sofre das artroses
P´ra não houvir certas vozes
É melhor se ajoelhar
Veja que não está no campo
Ou então levante o tampo
Quando aqui vem mijar

Até parecem manias
Mas isto é todos os dias
E é uma coisa que irrita
Melhore a sua conduta
Cuidado!...olhe que a fruta
Mija o tampo da sanita

Sirva-se, mas com civismo
descarregue o autoclismo
Ou deixe d'aqui entrar
E você é que é culpado
Deixou o tampo mijado
Por não o querer levantar


Autor: Fernando Palma

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Buracas de Casmilo

AS BURACAS DE CASMILO

Nos principais maciços calcários portugueses, o processo de evolução cárcica do relevo, conduziu á formação da paisagens peculiares, cujo valor patrimonial, não oferece reservas.O maciço de Sicó, localizado entre os concelhos de Condeixa-a-Nova, Pombal e Alvaiazere, não constitui excepção e nele se inscrevem formações geológicas audazes, dos quais o vale das Buracas dá prova. É na freguesia do Furadouro, na povoação de Casmilo, enquadrada no monte da Senhora do Circulo e pela serra de Janeanes, que vamos encontrar este vale, um pequeno canhão fluviocársico, cujas vertentes se abrem em concavidades de desenvolvimento horizontal - as designadas Buracas - que lembram, vagamente, largas bocas prontas a tragar. É um abatimento da parte nuclear do monte que desencadeia este fenómeno, a que se dá o nome de incação, sendo que só as cavidades laterais, remanescentes da gruta que antes se ocultava dentro do monte, permanecem visíveis.
Se ao visitante comum, as Buracas impressionam pela imponência, aos aspeleólogos e praticantes de desportos de outdoor (escalada, montanhismo, orientação, rapel...) constituem-se em desafio empolgante.

COMO CHEGAR
Para chegar ao vale das Buracas do Casmilo, tenha em conta as seguintes indicações: Tomando como ponto de referência a vila de Condeixa-a-Nova, apanhe o IC-2 em direcção ao sul. Siga depois, para a povoação da Arrifana (á saída de Condeixa) e, por fim, suba o monte na direcção da aldeia do Casmilo.

INFORMAÇÃO DO AUTOR DO BLOGUE
Apesar da informação da Câmara Municipal de Condeixa, cujo texto anterior é de sua autoria, nâo é assim tão linear chegar ás Buracas. É complectamente omissa em informação sobre o percurso, quem lê o parágrafo COMO CHEGAR, parece fácil, mas não é bem assim, há toda uma encruzilhada de estradas, camarárias sem informação, o percurso final é mesmo de terra batida, com o piso está completamente deteriorado não  sendo fácil lá chegar com uma viatura normal, quem lá quizer ir, se poder, utilize uma viatura todo o terreno.

António Palma


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Meu Percurso Militar

                                                         
No dia 18 de Julho de 1963, apresentei-me para as inspecções militares, na Escola Primária, em frente igreja de S. Salvador em Serpa, tendo ficado apurado para todo o serviço militar.
Até ser incorporado decorreram cerca de seis meses. Fui chamado á incorporação no dia 13 de Janeiro de 1964, recebendo guias de marcha para o BC 8 (Batalhão de Caçadores 8), em Elvas. O momento da saida do seio da família, foi um momento particularmente doloroso, porque a guerra do Ultramar estava no auge e todos nós e as nossas famílias profetizavamos uma eventual ida para a guerra e pairava no ar a possibilidade de um não regresso. Os três meses de recruta, foram particularmente intensos, por várias razões, o frio ( acidade de Elvas é uma cidade muito fria), a preparação física muito dura, diria até violenta, alimentação á qual não estava habituado, o próprio trato dado pelos superiores, era austero brutal e muitas vezes agressivo, tudo condicionantes, às quais não estava habituado, mas sobrevivi. Durante a recruta fiz, um teste psicotécnico, onde se manifestou a minha apdidão para radiotelegrafista.
Em face disso, acabada que estava a recruta, fui tranferido para o BTm3 (Batalhão de Transmissões 3), inserido no perímetro militar de Tancos, onde conclui com êxito a especialidade de radiotelegrafista.
No dia 30 de Junho de 1964, recebi guias de marcha para o BT (Batalhão de Transmissões) em Lisboa, mas concretamente em Sapadores. Todos os especialistas radiotelegrafistas do exército português, pertenciam a esta unidade. Aqui a passagem foi curta, uma, duas semanas talvez, seguidamente viajei para  Braga RI 16 (Regimento de Infantaria 16) e depois para o Porto, Castelo da Foz, na Foz do Douro, onde fiz um estágio de cerca de seis meses. Concluido o estágio, regressei á minha unidade o BT. Decorridos alguns meses, a meu pedido, fui colocado no RI 3 (Regimento de Infantaria 3). Alguns meses depois, o chefe do posto do RI 3 passou á disponibilidade, tendo eu assumido a chefia do posto até Janeiro de 1967.
Durante a formação da especialidade conclui a escola de cabos com uma nota 15,1 valores, pontuação esta, que me valeu a não ida para o Ultramar.
Passei á disponibilidade em 31 de Janeiro de 1967

António Palma

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

António Aleixo (O Poeta Popular)








ANTÓNIO ALEIXO
Poeta 1899-1949

O Poeta António Aleixo, foi Guardador de cabras, cauteleiro, cantor popular de feira em feira, soldado, polícia, tecelão, servente de pedreiro em Fraça e poeta cancioneiro.

PERCURSO DE VIDA

1989-18 de Fevereiro, ás 4 horas da manhã, nasce António Fernandes Aleixo (seu nome completo), na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, filho de José Fernandes Aleixo, tecelão, natural da freguesia de S. Clemente, concelho de Loulé e de Isabel Maria Casimiro, natural de Vila Real de Santo António, onde se receberam e são paroquianos, residentes na Rua do Principe. Neto Paterno de António Fernandes Aleixo e de Francisca de Jesus e materno de Silvestre Casimiro e de Maria da Encarnação.
Foram padrinhos, Domingos Samídio, marítimo, casado e sua filha Luisa Semídio, solteira. Foi baptizado a 24 de Junho de 1899, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Encarnação, em Vila Real de Santo António
1906-Oa pais de António Aleixo transferem-se para Loulé.
1907-António Aleixo começa a frequentar a escola.
1909-Depois de dois anos de escola, dá-se a primeira revelação do talento de improvisador a cantar as Janeiras
1912-Aprendiz de tecelão, ofício do pai. De 1912 a 1919 é a prática do ofício. Como cantador de improvisos, em festas a convite de amigos, ás vezes retribuido, vai treinado o seu jeito de versejar.
1919-Apurado para o serviço militar
1920-18 de Janeiro é incorporado no Regimento de Infantaria 4. A 29 de Abril, é dado como pronto da instrução de recruta, passa a soldado pronto e começa a intrução de corneteiro.
1922-Alista-se na Polícia em Faro. É o guarda nº 44. É promovido a guarda de 2ª classe em 7 de Julho.
1923-27 de Novembro, é louvado pelo então comissário do posto Carlos Augusto Lyster Franco.
1924-Casa-se em Loulé.
1928-1930-Vai para França como servente de pedreiro.
1931-Regressa a Portugal.
1931-1933-Fixa residência em Loulé e vende cautelas e gravatas.
1937-Classifica-se em 4º lugar nos jogos florais em Faro.
1939-1940-Um amigodo poeta, José Rosa Madeira, junta algumas quadras em duas folhas de papel, que irão ser o núcleo do seu primeiro livro «QUANDO COMEÇO A CANTAR»
1940-É operado ao estômago.
1943-Lança o seu primeiro livro a 25 de Abril, precisamente num Domingo de Páscoa. Ainda em 1943 o estado de saude agrava-se. É internado no Sanatório de Covões com tuberculose. Em Maio desse mesmo ano é publicado o primeiro artigo referente ao seu livro (Quando Começo a Cantar) por Cândio Marrecas, no Jornal de Beja
1943-1949-Permenece no Sanatório, regressando em Outubro para ficar.
1949-16 de Novembro, morre António Aleixo, o Poeta fica.

QUATRAS
A vida é uma ribeira
Caí nela infelizmente
Hoje vou, queira ou não queira
Aos trambolhões na corrente.

Crês que ser poeta é não ter
Pão alvo ou carne na mesa?
Mas é pior não saber
Suportar essa pobreza!

O luxo valor não tem
Nos que nascem p'ra pequenos
Os pobres sentem-se bem
Com mais pão luxo a menos

A esmola não cura a chaga
Mas quem a dá não percebe
Ou ela avilta, que ela esmaga
O infeliz que a recebe

A ninguém faltava o pão
Se este dever se cumprisse
Ganharmos em relação
Com o que se produzisse

O homem sonha acordado
Sonhando a vida percorre
E desse sonho dourado
Só acorda quando morre

Quantas, quantas infelizes
Deixam de ser virtuosas
E depois são seus juízes
Os que as fazem criminosas

Sem que o discurso o pedisse
Ele falou; eu escutei
Gostei do que ele me disse
Do que disse não gostei

Tu, que tanto prometes-te
Enquanto nada podias
Hoje que podes; esqueces-te
Tudo quanto prometias

Chegas-te onde pudes-te
Mas nunca devias rir
Nem fingir que não conheces
Quem te ajudou a subir

Os que bons concelhos dão
Às vezes fazem-me rir
Por ver que eles proprios são
Incapazes de os seguir

Mesmo que te julgues mouco
Esses que são teus iguais
Ouve muito e fala pouco
Nunca darás troco a mais

Entra sempre com a doçura
A mentira p'ra agradar
A verdade entra mais dura
Porque não quer enganar

Se te censuram, estás bem
P'ra que a sorte te predure
Mal de ti quando ninguém
Te inveje nem te censure


Textos e quadras da Página da Fundação
António Aleixo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Minha Freguesia (Junceira)



A Junceira é uma freguesia do concelho de Tomar e dista cerca de 10 km da asede de concelho.
Ocupa uma área aproximada dos 13,2 km quadrados e conta com uma população de 833 habitantes, aproximadamente.
Esta freguesia foi criada em 5 de Fevereiro de 1570, antes de ser fregusia, era uma vigararia da Ordem de Cristo
                                                  LENDA DA MOIRA DA PAIXINHA

Contam-se, cá pela aldeia
Lendas de Fadas e Moiros
Encantos, histórias antigas
Bruxarias e tesoiros

A da parteira já velha
Que em noite de invernia
Ouviu baterem-lhe á porta
Alguém que não conhecia

Abriu e um embuçado
Lhe suplicou a chorar
Venha comigo, senhora
Minha mulher ajudar

Foram p'lo meio dos pinhais
E sem candeia nem tocha
Até que o homem parou
E bateu lá numa rocha

E logo a pedra se abriu
Uma porta apareceu
Pasmada co' a maravilha
A parteira emudeceu

Desceram uma escadaria
Fortemente iluminada
Lá no fundo linda moira
Numa cama se encontrava

E o trabalho foi feito
Com eficácia e carinho
Pouco depois já se ouvia
O choro de um rapazinho

O homem agradeceu
Com muita satisfação
E, em pagamento lhe deu
Uma saca de carvão

E recomendou:- Agora
Vai esquecer tudo o que viu
A mulher nem fala dava
Enquanto a escada subiu

Nem soube como de novo
No pinhal se encontrou
Tinha a saca de carvão
Prova de que não sonhou

Continuava a chover
E a velhota já cansada
Com o carvão foi atirando
P'ra não ir tão carregada

E quando chegou a casa
Extenuada a parteira
O pouco que lhe restava
Arremessou p'rá lareira

Mal dizendo a sua vida
Foi p'rá cama arreliada
Porém na manhã seguinte
Esse carvão rebrilhava

Era oito do mais puro
E deitou fora o demais
Lamentava-se a mulher
Á procura p'los pinhais

Mas não encontrou caminho
Nem porta nem carvão
Perdi toda esta fortuna
Gritava em desolação

Também não mais viu o moiro
Nem sei se alguém o verá
Mas a rocha do tesoiro
No pinhal inda lá está

E dizem cá pela aldeia
Que quem lá for a rezar
Em noite de lua cheia
O tesoiro há-de encontrar

Autora: Maria Helena Marques





Ecos da Cidade de Tomar

A Cidade de Tomar está inserida na província do Ribatejo, da qual fazem parte, vários concelhos como por exemplo Abrantes, Torres Novas, Ferreira do Zêzere, etc. Tomar pertence ao Distrito de Santarém, tem uma população de 19.603 habitantes (senso de 1987) e é composta por duas freguesias, Santa Maria dos Olivais e São João Batista.
A Cidade de Tomar provém de um agrupamento populacional romano, denominado de Sellium. Conquistada aos mouros em 1147, por D. Afonso Henriques e foi doada aos Templários, doze anos mais tarde. Recebeu foral de Gauldin Pais em 1162 e de D. Manuel em 1510. Foi elevada á categoria de cidade em 1844. Depois do desaparecimento dos Templários, D. Dinis fundou a Ordem de Cristo.
São parte integrante da cidade, os seguintes locais: Alvito, Calçadas, Carvalheiros, Marmelais e Valdonas.
O Concelho de Tomar é composto por dezasseis freguesias.
Como património de relevo, destacam-se a igreja de Santa Maria dos Olivais, a Capela de Santa Marta, a Capela de Santo António, a Capela de Santa Iria, a Ponte de Peniche e o Convento de Cristo, onde pontifica a janela do Capítulo de estilo Manuelino, exlibris da Cidade. A Cidade é atravessada pelo Rio Nabão, com os seus famosos açudes e dispõe de um agradável espaço junto ao rio, onde podemos desfrutar de umas agradáveis horas de lazer. Dispõe ainda de um parque de campismo e de uma piscina municipal, para uma ótimas férias no verão.
Dista 140 km de Lisboa, com excelentes acessos, tanto pela A-1 e depois pela A-23 e IC-3, como pela EN-118 e depois pela EN-110, isto para quem vem da região sul. Os acessos pelo lado norte são igualmente excelentes para quem quer visitar Tomar.
Tomar organiza de quatro em quatro anos, um evento que é unico no país, a FESTA DOS TABULEIROS, este ano realizar-se-á de 2 a 11 de Julho, conforme brochura acima.
De salientar que esta festa só tem lugar de quatro em quatro anos, por motivos económicos, já que a sua realização acarretaria um encargo anual, insuportável para a autarquia.
Por tudo o que foi dito e pelo que não foi dito, não deixem de visitar esta bonita cidade.
António Palma