terça-feira, 19 de novembro de 2013

INCENDIOS, CRIME DE LESA PÁTRIA


 Este ano os incêndios no nosso país foram particularmente violentos e provocaram um número anormal de vítimas mortais.
Quero aqui, prestar uma muito sentida homenagem aos elementos dos vários  corpos de bombeiros, que abnegadamente se empenharam na defesa dos bens alheios,

sendo que para alguns, foram goradas todas as espectativas, porque infelizmente, alguns, perderam a vida, vitimas de inergumes que num acto da cobardia e da má formação, se dedicam a incendiar as matas nacionais.
É minha convicção de que estes homens
não terão sido tecnicamente bem comandados, seria de todo o interesse, deixar trabalhar os bombeiros, são eles que recebem formação técnica, para fazer face a determinadas situações, são as chefias das corporações, que estão à altura de conduzir os seus homens, por forma a que não corram riscos. O que se vê hoje em dia, são uns senhores, em alguns casos senhoras, que parecem generais, a falar à imprensa e a comandar as operações, sendo certo que a maioria dessas pessoas, nem um fósforo sabem apagar, logo, não terão formação técnica que os habilite a comandar operações desta envergadura. Não estou a dizer que as vitimas destes incêndios, serão da responsabilidade dos comandos de protecção civil.
Só se me oferece dizer: DEIXEM TRABALHAR OS BOMBEIROS. 




quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PROFISSÕES EXTINTAS OU EM VIAS DE EXTINÇÃO


AGUADEIRO/AGUADEIRA: Distribuía casa a casa, percorria os ranchos de trabalhadores do campo, dando água a quem tivesse sede.
ADUEIRO: No Alentejo, guardava porcos em terrenos baldios e onde houvesse pastagens.
ALMOCREVE: Trabalhava ou andava com bestas de carga, ou trabalhava com bestas nas lavouras.
CROCEIRO/CROCEIRA: Faz ou fazia croças/coroças ( espécie de capa de juncos).
LAVADEIRA: Mulher que lava roupa sua ou alheia, em rios, tanques ou lavadouros públicos.
LINHEIRO/LINHEIRA: Homem ou mulher que preparava ou assedava o linho para fiar. Também trabalhava o linho até à urdidura.
FABRIQUEIRO: Cobrador de rendas ou rendimentos da igreja, ou encarregado dos paramentos ou alfaias litúrgicas.
ROGADOR: Indivíduo que vivia fora da região vinhateira do Douro, mais concretamente, nos limites do Alto Douro e que a pedido dos proprietários dos vinhedos, todos os anos arregimentava o pessoal necessário para as vindimas. Ao conjunto dessas pessoas dava-se o nome de rogas.
TAMANQUEIRO OU SOQUEIRO: Pessoas que pregavam ou pregam as gáspeas às solas dos tamancos, por meio de tachas e chatas.
TANUEIRO: Artesão que fabrica barris, pipas e tonéis em madeira.
EREMITÃO: Pessoa que vivia numa ermida, prestando assistência a quem as visitava.
GANHÃO: Homem que trabalhava na lavoura e na cava das terras.
ALFEIRO: Pessoa que se ocupa dos rebanhos de alfeiro (gado novo).
ALAVOEIRO: Os que guardam o alavão (rebanhos de ovelhas de ordenha, para fazer queijo.
TARDÃO: O que levava a comida ao pessoal das ceifas.
LANÇAROTE: O que tratava dos burros de cobrição e chegava as éguas ao burro para que fossem cobertas.
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CHEIAS DE 1967

Assinala-se dia 25 de Novembro, a passagem do 46º ano das cheias diluvianas de 1967.
Não há memória de que em Portugal tenha chovido tanto como naquele fatídico dia. Torrentes de água deixaram Lisboa submersa. Cinco horas de chuvas torrenciais, mergulharam a cidade na maior inundação alguma vez sentida na região. Faz 46 anos, que as mais severas cheias a que Lisboa e arredores assistiram, provocando um numero de mortes superior a 700 e cerca  de 1100 desalojados em Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer.
A enxurrada matou famílias inteiras arrastou carros, arvores e animais, destruiu pontes, estradas e casas. A chuva atingiu, entre as 19 horas e as meia noite do dia 25, as zonas baixas dos cinco concelhos, porém, só na manhã do dia seguinte, os portugueses, tomaram conhecimento da verdadeira dimensão da tragédia. Urmeira, Póvoa de Santo Adrião, Frielas (povoações da bacia do rio trancão) e a Quinta dos Silvados, em Odivelas, foram os aglomerados populacionais mais atingidos. As casas, de construção modesta, maioritariamente de madeira, foram literalmente engolidas pela violência das águas. Lisboa ficou irreconhecível, a Avenida de Ceuta em Alcântara ficou submersa de lama, o mar de lama, desceu até á Avenida da India, subindo e descendo escadarias, rebentou portas das casa do rés-do-chão, arrastando mesas, cadeiras, bilhas de gás, contentores, etc.
Perto das 23 horas, o dilúvio intensificou-se e a enxurrada arrastou um carro com três ocupantes que circulava na Rua de Alcântara.
 Um repórter do D.N. que no momento cobria o desastre, conta que um soldado se atirou á água e conseguiu resgatar os três ocupantes da viatura. As interrupções de transito, sucederam-se, desde a Avenida 24 de Julho, ao Campo pequeno, da zona do Aeroporto a Santa Apolónia e Avenida Almirante Reis. Na Praça de Espanha e Avenida da Liberdade, só se circulava de barco e nas Estações de Caminho de Ferro, centenas de pessoas ficaram retidas nas carruagens, porque á água submergiu as linhas. O regime de Salazar, tentou minimizar o impacto da tragédia, mas a sua repercussão foi tal, que rapidamente atravessou fronteiras e desencadeou um movimento de solidariedade internacional. Chegaram donativos do Reino Unido, de Itália, do Mónaco e até o então Chefe de Estado Francês, General De Gaulle, enviou um donativo pessoal de 30 mil francos.
O apoio em meios sanitários, veio de França, Suíça e sobretudo de Espanha, que doou mil doses de vacinas de combate á febre tifoide.