segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Castelo de Almourol

Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do Rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
As origens da ocupação deste local, são bastante antigas e enigmáticas, mas o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se de Almorolan.
O castelo de Almourol foi levantado num afloramento de granito, que constitui esta pequena mas enigmática ilha, com 310 metros de comprimento, 75 de largura e 18 de altura. Com o terramoto de 1755 a sua estrutura ficou bastante danificada, vindo a sofrer alterações durante o Romantismo do século XIX. Nesta fase e obedecendo á filosofia então corrente de valorização das obras do passado, o Castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa. Este importante monumento, foi entregue ao Exército Português e é o prédio militar número  seis (6). Foi classificado como Monumento Nacional, por Decreto Lei de 16 de Junho de 1910.
Durante o Estado Novo, foi residência Oficial de República.






Dia de São Valentim



Cartão comemorativodo dia de São
Valentim publicado em 1883 nos EUA

O dia de São Valentim, tem a sua origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século III, na cidade de Terni, a 75 kms de Roma. O Império Romano, era governado, na altura por Claudius II (anos de 268-270), que estava envolvido em diversas campanhas militares, consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades em recrutar novos soldados para as Legiões Romanas. Por considerar que as razões dessas dificuldades, residia no facto de os homens não quererem abandonar as suas esposas, namoradas ou amantes, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma.
Valentim, Bispo de Terni, contrariando essa determinação, continuou a celebrar casamentos. Quando o Imperador tomou conhecimento das celebrações dessas cerimónias, ordenou a decapitação do Bispo Valentim, Facto que ocorreu a 14 de Fevereiro de 270. Em 498, o Papa Gelasius, santificou-o, passando o dia da sua morte a estar conotado com os namorados.
Durante a idade média, Valentim, foi um dos Santos mais populares em França e Inglaterra. Alguns países instituíram este dia como feriado, nomeadamente, Inglaterra desde o século XII e os EUA desde 1700.
A devoção a São Valentim em Portugal, é muito limitada, não se conhece nenhuma freguesia ou paróquia que tenha adoptado São Valentim como padroeiro.

São Valentim

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Moinhos e Lagares D'EL-REI

Moinhos e Lagares D'El-Rei
O primeiro foral dado à Vila de Tomar ( hoje cidade), já refere a existência dos Moinhos e Lagares.
Mais tarde, no século XV, o Infante D. Henrique regularizou o curso do rio Nabão, drenando e saneando as suas margens e alargando a levada dos Moinhos e Lagares. Estes Lagares, foram posteriormente ampliados por D. Manuel I, vindo-lhe daí o nome de Lagares D'El-Rei, nome pelo qual, ainda hoje são conhecidos. Posteriormente e até há poucos anos atrás, os Lagares D`Rei foram usados como oficinas de serralharia, fundição e moagem.
Hoje é bem visível alguma   degradação deste património 

Aqueduto de Pégões


AQUEDUTO DE PEGÕES

Este aqueduto foi construído para abastecer de água o Convento de Cristo. Tem 6 km de comprimento e tem o seu início no lugar de Pegões, freguesia de Carregueiros, sendo formado por 180 arcos. Reúne água de quatro nascentes e resolveu o problema de abastecimento de água ao Convento, que até então, era feito por cisternas.
Esta obra foi iniciada em 1593, no reinado de D. Filipe I, sob a direcção de Filipe Terzi e foi concluída em 1614, por Pedro Fernandes de Torres. Em 1617, foi prolongado até ao Convento e em 1619 chegou ao Claustro de D. João III. 

ERMIDA DE N.S. DA CONCEIÇÃO


ERMIDA DE N.S. DA CONCEIÇÃO

Templo erguido por iniciativa de Frei António de Lisboa, no século XVI (cerca de 1530). Está situado no topo do monte, onde se elevam, o Convento de Cristo e o Castelo dos Templários

Monumentos de Tomar








IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA


Situada na Praça de Republica, frente à Câmara Municipal de Tomar, antigo Palácio, onde viveu D. Manuel I, antes de se tornar Rei de Portugal.
A talha do altar mor, é dos fins dos fins do século XVII. No pavimento, podem observar-se diversas lápides sepulcrais, uma das quais se supõe ser de Diogo Lopes, famoso físico de D. Manuel I




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MONUMENTOS HISTÓRICOS DE TOMAR


Capela de São Louenço

Esta capela, de estilo manuelino, está situada à entrada da cidade de Tomar, entrando pela EN-110.
Este Monumento Nacional, foi edificado por Aires do Quental no século XVI e desde a sua edificação, foi dedicado a São Lourenço. No exterior da capela, encontra-se um padrão, um painel de azulejos e a fonte de São Lourenço, que simbolizam e assinalam a junção dos exércitos de D. Nuno Álvares Pereira e do Mestre de Avis, antes da partida para a batalha de Aljubarrota em 1385. O padrão foi edificado no reinado de D. João III e possui elementos arquitectónicos e decorativos do Renascimento. 



CONVENTO DE SANTA IRIA
  CONVENTO DE SANTA IRIA

A igreja de Santa Iria, é um Templo de origem Medieval que sofreu importantes reformas nos séculos XVI e XVII. O pórtico está datado de 1688.
Destacam-se no seu interior, os elementos cerâmicos, azulejos mudéjares do século XVII e as pinturas em "trompl'oeil.

A LENDA DE SANTA IRIA
Numa quinta dos arredores da cidade Nabaica (Tomar), viviam Hermegido e Eugénia, ele descendente de uma família nobre, ela representante de uma opulenta «gens» Romana. Tiveram uma filha de nome Iria ou Irene , tão rica em dotes físicos como morais, cuja educação fora confiada a suas tias paternas Casta e Júlia, monjas do Convento Beneditino de Santa Clara.
Quando a Jovem atingiu a adolescência, Célio, o Abade Beneditino, seu tio materno, confiou a sua educação ao monge Remidio, que considerava digno de tão delicada missão.
Iria, cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si, as virtudes da noviça, entre os quais se destacava o jovem Britaldo que, rendido a tanta beleza, se apaixonou loucamente. Esta, que tencionava dedicar a vida ao serviço de Deus, sempre repeliu as suas propostas amorosas. Britaldo, louco de amor, adoeceu. Iria, movida pela caridade cristã, consolou-o e convenceu-o da impossibilidade do seu casamento, pois fizera voto de castidade. Dos amores de Britaldo, teve conhecimento o monge Remidio a quem a beleza da donzela não lhe era indiferente. Louco de ciúmes, o monge fez com que Iria tomasse uma tisana (medicamento aquoso), provocando-lhe sinais de gravidez.
Britaldo, julgando-se ludibriado, encarregou um seu subordinado de matar Iria.
Assim, a 20 de Outubro de 653, quando Iria rezava devotamente as suas orações numa capelinha junto ao rio (Banaão) hoje nabão, o vil sicário (assassino), enterrou-lhe no peito um punhal, lançando o seu corpo às águas. O corpo de Iria, segundo reza a lenda, foi indo rio abaixo, sendo repelida na Barquinha e na Chamusca, indo parar, finalmente a Escalábis (Santarém), onde milagrosamente a envolveu um sepulcro de mármore.
A partir daí, Escalábis tomou o nome de Santa Virgem e mártir Sant'Irene, hoje Santarém.
O convento está situado na margem esquerda do rio Nabão, local onde, segundo a tradição, foi martirizada Santa Iria, ao ser lançada ao rio.
Na foto é visível a degradação em que se encontra o Histórico convento. É PENA






terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A CIDADE DE SERPA


VISTA GERAL DE SERPA

Serpa é uma cidade que está inserida no distrito de Beja, região do Baixo Alentejo.
Tem uma população da ordem dos 5.201 habitantes e é sede de um dos maiores Municipios de Portugal, com uma área de 1.103,74 km2 e uma população de 15.455 habitantes (censo de 2009).
O Municipio está sub-dividido em sete freguesias e é limitado a norte, pelo Municipio da Vidigueira, a nordeste, pelo de Moura, a leste, pela Espanha, a sul pelo de Mértola e a oeste pelo de Beja

FREGUESIAS
Brinches
Pias
São Salvador (na cidade)
Santa Maria (na cidade)
Vale de Vargo
Vila Nova de São Bento
Vila verde de Ficalho

HISTÓRIA
Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo, foram os Romanos que fomentaram o desenvolvimento do Concelho, em especial, na área da agricultura.
Em 1166, foi conquistada aos Mouros, por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida várias vezes nas constantes lutas da reconquista.
Foi constituída Concelho, em definitivo, por D. Dinis, que também mandou construir o castelo e proteger a Vila por uma cintura de muralhas, em 1295.
Em 1512, D.Manuel II, deu-lhe novo foral. A sua localização próxima da fronteira com Espanha, criou-lhe graves problemas ao seu desenvolvimento. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase destruída, inclusive, a sua fortaleza.

ECONOMIA
Apesar de Serpa ser um centro de administrativo, predominam no Concelho, actividades ligadas ao sector primário e secundário, com a industria ligada à olaria e à cerâmica, em destaque e só depois as do sector terciário, com algum pequeno comercio e alguns serviços ligados ao turismo.
Cerca de 59% do Concelho, destina-se ao cultivo de cereais, prados temporários, cultura de forragens, do pousio, do olival e de pastagens permanentes. Têm grande relevância para o Concelho, a criação de ovinos, suínos e aves, bem assim como a produção do famoso queijo de Serpa, um dos melhores de Portugal e muito apreciado por todos os portugueses e não só e a produção de enchidos, maioritariamente, de fabrico caseiro, cuja inconfundível matéria prima, é essencialmente, do tão apreciado porco preto.
A 27 de Abril de 2006, é anunciado pela GE ENERGY FINANCIAL SERVICES, pela POWER LIGHT CORPORATION e pela CATAVENTO Lda, que irão construir no Concelho de Serpa, o maior projecto de energia solar fotovoltaica do mundo. Esta unidade de produção de energia de 11 megawats, é composta por 52 mil módulos fotovoltaicos e foi instalada numa das áreas de maior exposição solar da Europa.
A produção deste investimento na área da energia fotovoltaica, é 40% superior à segunda maior do mundo, instalada na Alemanha, devendo produzir energia para oito mil casas e prevenir a emissão de trinta mil toneladas de gases de efeito estufa, por ano para a atmosfera.





NORA ROMANA