segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Minha Freguesia (Junceira)



A Junceira é uma freguesia do concelho de Tomar e dista cerca de 10 km da asede de concelho.
Ocupa uma área aproximada dos 13,2 km quadrados e conta com uma população de 833 habitantes, aproximadamente.
Esta freguesia foi criada em 5 de Fevereiro de 1570, antes de ser fregusia, era uma vigararia da Ordem de Cristo
                                                  LENDA DA MOIRA DA PAIXINHA

Contam-se, cá pela aldeia
Lendas de Fadas e Moiros
Encantos, histórias antigas
Bruxarias e tesoiros

A da parteira já velha
Que em noite de invernia
Ouviu baterem-lhe á porta
Alguém que não conhecia

Abriu e um embuçado
Lhe suplicou a chorar
Venha comigo, senhora
Minha mulher ajudar

Foram p'lo meio dos pinhais
E sem candeia nem tocha
Até que o homem parou
E bateu lá numa rocha

E logo a pedra se abriu
Uma porta apareceu
Pasmada co' a maravilha
A parteira emudeceu

Desceram uma escadaria
Fortemente iluminada
Lá no fundo linda moira
Numa cama se encontrava

E o trabalho foi feito
Com eficácia e carinho
Pouco depois já se ouvia
O choro de um rapazinho

O homem agradeceu
Com muita satisfação
E, em pagamento lhe deu
Uma saca de carvão

E recomendou:- Agora
Vai esquecer tudo o que viu
A mulher nem fala dava
Enquanto a escada subiu

Nem soube como de novo
No pinhal se encontrou
Tinha a saca de carvão
Prova de que não sonhou

Continuava a chover
E a velhota já cansada
Com o carvão foi atirando
P'ra não ir tão carregada

E quando chegou a casa
Extenuada a parteira
O pouco que lhe restava
Arremessou p'rá lareira

Mal dizendo a sua vida
Foi p'rá cama arreliada
Porém na manhã seguinte
Esse carvão rebrilhava

Era oito do mais puro
E deitou fora o demais
Lamentava-se a mulher
Á procura p'los pinhais

Mas não encontrou caminho
Nem porta nem carvão
Perdi toda esta fortuna
Gritava em desolação

Também não mais viu o moiro
Nem sei se alguém o verá
Mas a rocha do tesoiro
No pinhal inda lá está

E dizem cá pela aldeia
Que quem lá for a rezar
Em noite de lua cheia
O tesoiro há-de encontrar

Autora: Maria Helena Marques





6 comentários:

manuel palma disse...

eu sempre ouvi dizer que quem não tem que fazer faz colheres, mas parece esta máxima está ultrapassada e agora deve dizer-se que quem não tem que fazer faz blogues. Um abraço e parabéns porque para iniciado está muito bom, ou melhor, eu não percebo nada disto!...

Fernando Palma disse...

para quem só sabia girar uma roda de autocarro não está nada mal não senhor!! força velhão!! A cidade precisa de se dar a conhecer e estas iniciativas ainda que privadas são de louvar.Espero que tenhas muitas visitas... Já agora um conselho: tens que actualizar( que se lixe o acordo ortográfico! Isto é português!!) e introduzir mais temas... Faz de conta que é um trabalho a tempo inteiro. Beijos Pai.

Manuel Cataluna disse...

Boa noite,

António Eduardo:
Parabéns e boa sorte para a tua nova actividade...
Uma sujestão para o "logotipo" do teu blogue, os tabuleirros de (Tomar.)
Continua em frente...
Um abraço.

Manuel Seleiro,

Rui Seleiro disse...

Cunhado António estás a sair melhor do que a encomenda, parabéns ,escolhestes uma cor bonita e tudo, está tudo a condizer aí com a tua nova terra, espero que se Dêm bem por aí, e descancem, e gosem a vida, que vocês bem merecem ,esdpero que não desistas, do teu blog, porque isso é um passatempo fantástico,o meu ainda espero um dia ter tempo para por as minhas memórais, que são imensas, mas só quando prescrever, o tempo que a lei dá de protecção, porque ainda há muita gente viva e pode ferir sencibilidades,, percebes ? nâo ? também não !!!
vá um abraço de parabéns e continua que levas geito

António Palma disse...

Obrigado filho pelo comentário, mas sinceramente, tu achas que eu só sabia virar a roda de um autocarro?
Beijo

António Palma disse...

Óh Blé, quem tem vagar, não faz só colheres nem blogues, fazem-se muito mais coisas e tu devias tentar também criar o teu blogue, para não stressar, é que isto de não ter nada para fazer, principalmente agora que não podes mexer no quintal, é aborrecido e fazia-te bem.
Um abraço e até amanhã