No dia 18 de Julho de 1963, apresentei-me para as inspecções militares, na Escola Primária, em frente igreja de S. Salvador em Serpa, tendo ficado apurado para todo o serviço militar.
Até ser incorporado decorreram cerca de seis meses. Fui chamado á incorporação no dia 13 de Janeiro de 1964, recebendo guias de marcha para o BC 8 (Batalhão de Caçadores 8), em Elvas. O momento da saida do seio da família, foi um momento particularmente doloroso, porque a guerra do Ultramar estava no auge e todos nós e as nossas famílias profetizavamos uma eventual ida para a guerra e pairava no ar a possibilidade de um não regresso. Os três meses de recruta, foram particularmente intensos, por várias razões, o frio ( acidade de Elvas é uma cidade muito fria), a preparação física muito dura, diria até violenta, alimentação á qual não estava habituado, o próprio trato dado pelos superiores, era austero brutal e muitas vezes agressivo, tudo condicionantes, às quais não estava habituado, mas sobrevivi. Durante a recruta fiz, um teste psicotécnico, onde se manifestou a minha apdidão para radiotelegrafista.
Em face disso, acabada que estava a recruta, fui tranferido para o BTm3 (Batalhão de Transmissões 3), inserido no perímetro militar de Tancos, onde conclui com êxito a especialidade de radiotelegrafista.
No dia 30 de Junho de 1964, recebi guias de marcha para o BT (Batalhão de Transmissões) em Lisboa, mas concretamente em Sapadores. Todos os especialistas radiotelegrafistas do exército português, pertenciam a esta unidade. Aqui a passagem foi curta, uma, duas semanas talvez, seguidamente viajei para Braga RI 16 (Regimento de Infantaria 16) e depois para o Porto, Castelo da Foz, na Foz do Douro, onde fiz um estágio de cerca de seis meses. Concluido o estágio, regressei á minha unidade o BT. Decorridos alguns meses, a meu pedido, fui colocado no RI 3 (Regimento de Infantaria 3). Alguns meses depois, o chefe do posto do RI 3 passou á disponibilidade, tendo eu assumido a chefia do posto até Janeiro de 1967.
Durante a formação da especialidade conclui a escola de cabos com uma nota 15,1 valores, pontuação esta, que me valeu a não ida para o Ultramar.
Passei á disponibilidade em 31 de Janeiro de 1967
António Palma
6 comentários:
Boa tarde,
António Eduardo:
Curioso o António saío em Janeiro de 67 do (Ri. 3,) eu fui em "Abril" de 67 para o (Ri. 3 assentar praça.
E passei por Élvas onde fiz testes para condutor...
"mas", não passei nos "testes".
Ah! a minha inspeção militar, tanbém foi na escola das raparigas, em frente á Igreija de Salvador.
Um abraço,
Manuel Seleiro,
Boa Manel, mais um pouco apanhavas-me lá. Mas em Elvas os testes para condutor eraam na CICA 3, aí esteve o Joaquim Baião, quando eu estava no BC 8 ele estava na CICA 3, ainda nos juntámos algumas vezes ao almoço, ele vinha almoçar ao BC 8 e eu ia almoçar á CICA 3. Tinhamos que falar com o oficial de dia, normalmente ele autorizava. Depois ele veio para o Entroncamento e eu fui para Tancos, também não é muito longe e eu ainda fui almoçar com ele uma vez ao Entroncamento,
Um abraço
Boa noite,
António Eduardo:
Foram só dois meses/18 dias!
Iniciei a "recruta" no dia 18 de Abril de 67.
Um abraço.
Manuel Seleiro,
Vocês afinal são muito velhinhos, o cunhado António e o primo Manel, eu só entro nessas andanças, em 1971, embora já estivesse ao serviço do exército, desde os 18 anos, mas tropa á séria foi mesmo em janeiro de 1971 quando me apresento no R.I. 13, em Vila Real de Trás os Montes, aquilo é que era frio, tivemos uma semana sem fazer a barba ,que a água não corria nos canos congelada,e água quente ainda não havia, depois da recruta venho para sacavém fazer a especialidade, na EPSM e aí até ir para angola vinha dormir a casa, uma abraço , e continua que levas geito
Rui Seleiro
Bom dia,
Primo Rui:
Belhinhos nós?
Ahahah em 68 Janeiro, estáva em Chaves...
Também não havia àgua... Estáva congeláda nos "canos"...
Um abraço.
Bom fim de semana.
Manuel Seleiro,
Caro José Lourenço, o meu nome é António Palma e sou o titular des te blogue (Bloguetomar). De facto eu acentei praça no BC 8 e tinha o numero 394. Depois fui para o BTM 3 (casal do Pote) em Tancos onde tinha o numero 181 depois fui para o BT em Sapadores, fiz estágio em Braga e no Porto, voltei ao BT e pedi para ser colocado em Beja RI 3, onde chefiei o posto de rádio do STM em parte do ano de 1965, 1966 e passei `disponibilidade em Janeiro de 1967. Mas muito sinceramente e com muita pena minha, não me lembro de si, é que eu gostava mesmo de encontrar algum camarada, como não fui mobilizado, eram poucos e não ficaram memórias nenhumas. Se houver algo que me possa recordar de alguma coisa, diga.
Enviar um comentário